Vamos lá rapaziada, esse blog será uma maneira mais oficial de comentar, explicar, tirar dúvidas... Ou simplesmente desabafar sobre a semana de um Menestrel.

A idéia é escrever um texto semanal contando um pouquinho do que aconteceu e do que vai acontecer em breve. Deixar os leitores a par de todas as estréias e aulas, contar algum fato inusitado, explicar como um determinado projeto está acontecendo ou em que fase ele está.

Além desse texto semanal, todo mês, o “ANDANDO PELO PALCO” mostrará um conto interessante ou engraçado que aconteceu com um Menestrel desde nossa chegada em SP em 1991.

A parte de dúvidas e comentários é de extrema importância, pois através dela poderei me comunicar diretamente com a galera. ESCREVAM COM CONVICÇÃO.

Terá uma coluna extra-menestrel... a parte de cinema será feita por Ligia Veratti no "dica dalí , no "segunda atenção" estarei informando também sobre coisas que eu gosto, como esporte ou alguma atividade artística original.

E para completar convidei o Rafael Bernardino e o Erico Baldon para toda semana escrever uma pequena frase divertida para que todos “reflitam” sobre ela.

Beijo grande,
Candé

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Menestrel e Esporte!!!

São várias as coincidências, referências e inspirações que unem o treinamento da Oficina e o esporte em geral.
Essa união começa já em seus diretores, porque Eu e Deto, somos completamente apaixonados por esporte e principalmente o futebol. Criados no Rio de Janeiro, cidade que vê o futebol de uma maneira mais alegre, carregamos em nossos escritórios, escudos, fotos e etc... de nossos times preferidos. No camarim do teatro tem uma TV com o campeonato carioca e o brasileiro todo, pois já que passamos o dia inteiro no teatro, não podemos deixar de dar uma olhadinha em nossos times. Detalhe: Eu sou Fluminense e o Deto é Flamengo, assim se faz a dupla Fla x Flu!!!
E para completar a paixão, nos dias de jogo do Brasil, colocamos um telão e toda a galera vem assistir o jogo como se fosse um filme, uma peça, O MAIOR BARATO!!!

Mas o paralelo esporte/arte não para aí. Uma coisa que sempre reparei é que o pessoal que é ligado a esporte, sempre teve uma facilidade de adaptação ao método. São vários os estímulos que o esportista tem que se adaptar diretamente ao trabalho artístico. Em primeiro lugar, lógico, por usar o corpo o tempo todo, o atleta carrega em si uma consciência corporal, uma coordenação motora que os diferencia na expressão corporal. E o engraçado é que esses (principalmente os homens), não tem a mínima noção disso, se surpreendem as vezes por estarem "solando"em uma coreografia. Por isso talvez, o trabalho em clubes tem um potencial muito grande. Méritos do esporte.

E agora tem dois aspectos nessa união que recentemente me chamaram muita atenção, fazendo com que eu me encantasse mais ainda com a "descoberta".
Uma das coisas que mais incentivamos na Oficina é disciplina, o respeito as regras, a noção de hierarquia. Sempre acreditamos que o artista só poderá ser "louco", criativo no palco, se estiver recheado de responsabilidades. Só estando muito seguro é que poderá se soltar. E o atleta é IGUALZINHO!!! Chegar cedo, aquecer, ser regrado, treinar MUITO, ouvir o técnico com atenção... TALENTO E CRIATIVIDADE... São regrinhas básicas para o sucesso de um esportista.

Quando o Menestrel entra em cena ele nunca está sozinho... a interpretação é sempre do grupo, pelo grupo, para o time (ops)... quando um jogador (futebol, volley, basquete), entra em campo ele nunca está sozinho, a jogada é sempre do time, pelo time, para o grupo(ops)...

O menestrel fica feliz, quando um outro menestrel faz uma cena que chama atenção do público, pois o sucesso dele é o sucesso do espetáculo... O atleta fica feliz quando um outro atleta faz um gol, pois o gol dele é o sucesso do TIME.

Existem momentos impagáveis que mostram a união de um time. É quando você vê os jogadores no banco de reserva, torcendo, dando força, como se estivessem em campo. E nos espetáculos, a Coxia é tão valorizada quanto o palco, é ali que você se inspira, dá clima para quem está em cena e incentiva a união do grupo.

Chega a ser engraçado, nós gostamos tanto de esporte que de vez em quando, eu e Deto estamos falando com o elenco antes de entrar em cena, parece que estamos indo para um jogo!!! As vezes a gente ri da gente mesmo.

Sei lá, pode ser apenas uma coincidência ou é porque a gente gosta muito de ver assim...
Mas acho que algumas situações, regras e até estilo são muito similares.

VAMOS TIME!!!!!!!!!!!!

11 comentários:

  1. Adorei Candé! A comparação entre menestrél e atleta, é isso mesmo, jogar junto, ter disciplina, vibrar! E isso fica ainda mais vivo agora, com a Copa do mundo aí, parando o país! Sou fã desse trabalho e sou fã de vcs! Saudades absurdas do palco!

    Beijokas!

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  2. Ñ posso dizer q sou uma esportista nata...mas posso dizer q já to completamente envolvida c esse ritmo, disciplina, horário, juntos, parceria, grupo e muita vibração...adorei estar no "juntos" torcendo pelo Brasil na Oficina foi mega divertido...vcs são maravilhosos...to aprendendo muitooo...bjão

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  3. Poxa Candé!! Que descrição fantástica desse link... aliás, só alguém muito ligado à essas duas coisas (teatro e esporte) pra conseguir fazer a ponte entre os dois temas e, ainda por cima, dar exemplos práticos do que fala!!

    Abração

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  4. Uma comparação brilhante, muito bem observado.

    Realmente são duas coisas apaixonantes!!!

    E digo mais...! Enquanto o meu time não entra em campo, fico vibrando na arquibancada e torcendo para que os times façam grandes apresentações. Pois o que eu gosto mesmo é de ver o pessoal jogando bonito. O que nós gostamos é de assistir grandes espetáculos.
    Depois disso tenho certeza, teatro e esporte tem tudo a ver!

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  5. Total! Jogar junto é o princípio de tudo: tanto do atleta quanto do menestrel.

    Curti!

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  6. Pois é Candé...acho que o nosso esporte tem muito da nossa arte, não necessariamente nesta mesma ordem!=)

    Um beijo!

    Rê Lydia

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  7. Candé conheci seu blog hj e adorei!!!
    Li as postagens recentes, as antigas...Achei super legal a comparação de um menestrel que faz algo legal e traz o brilho para o grupo assim como o jogador com o gol. No final, o que traz a beleza do espetáculo é o grupo em sintonia.

    Beijo grande
    Tati

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  8. Candé!!!
    Saudades imensa de todos vocês! Que delícia de textos, expandir a cultura de forma criativa e bem humorada...só mesmo você.
    Peço como eterna aluna...continue, pois é prazeroso ler e indicar aos amigos.. aliás é uma honra!!

    bj.

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  9. Ops.. esqueci.. eu ai de cima..rs. sou a Terê Inácio (Vale Encantado 2010)... bj.

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  10. Candé, que legal saber do blog e acompanhar as aventuras dos novos menestréis. Fazer parte deste grupo mudou minha vida para sempre, aprendi muito sobre mim e fiz amigos para a vida toda. Tenho muita saudade desta época :)
    Grande beijo, Nath (Monte Líbano de 98 a 2002)

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Whatever Works (Tudo Pode Dar Certo) - Woody Allen

(Por Ligia Veratti)



Woody Allen volta à NY para contar mais uma história sobre a trágedia humana e suas crises, inseguranças e estranhas relações amorosas. Seu protagonista é, mais uma vez, seu alterego: rabugento, hipocondríaco, frustrado e hilário.

Se a idéia parece repetitiva? Sim, pode ser…

Se o filme vale a pena? Muito!

Boris Yellnikoff, vivido brilhantemente pelo ator Larry David, é um velho pretensioso, cheio de certezas e manias. Boris conhece uma garota, Melodie, que representa o oposto do que ele considera admirável. Para ele, ela é apenas uma garota burra do interior a quem ele trata com grosseria e frieza, dígnas de um gênio. O fato é que sua compaixão e falta de paciência o levam a deixa-la morar em seu apartamento por um tempo. É aí que a história começa a se desenvolver numa brincadeira entre lógica e acaso, amor e ciência, certezas e inseguranças. Os diálogos são magníficos a medida que misturam o conhecimento profundo e intelectualizado de alguns personagens com a ingenuidade de outros, que ganham o mesmo valor dentro do universo do filme. O trabalho dos personagens é completo. Todos, sem excessão, são desenvolvidos de forma brilhante na trama. Vale destacar o papel de Melodie, interpretada por Evan Rachel Wood, que nunca esteve tão carismática. Méritos de Allen! É também uma das poucas vezes em que um ator interpreta um personagem que seria facilmente vivido por Woody Allen sem imitá-lo. Larry David se apropria de Boris completamente não deixando dúvidas de que o personagem é seu e de mais ninguém.

O que faz de Whatever Works um filme especial é o fato de conseguir transformar a visão mais pessimista da vida em algo leve. Ele abre mão das crenças, esperanças e ideais para nos dizer diretamente - e Boris realmente fala com o espectador durante o filme - que, no final, “qualquer coisa que funcione” é a melhor forma de viver isso que não sabemos se é mágico ou trágico mas chamamos de vida.

Imperdível!