Vamos lá rapaziada, esse blog será uma maneira mais oficial de comentar, explicar, tirar dúvidas... Ou simplesmente desabafar sobre a semana de um Menestrel.

A idéia é escrever um texto semanal contando um pouquinho do que aconteceu e do que vai acontecer em breve. Deixar os leitores a par de todas as estréias e aulas, contar algum fato inusitado, explicar como um determinado projeto está acontecendo ou em que fase ele está.

Além desse texto semanal, todo mês, o “ANDANDO PELO PALCO” mostrará um conto interessante ou engraçado que aconteceu com um Menestrel desde nossa chegada em SP em 1991.

A parte de dúvidas e comentários é de extrema importância, pois através dela poderei me comunicar diretamente com a galera. ESCREVAM COM CONVICÇÃO.

Terá uma coluna extra-menestrel... a parte de cinema será feita por Ligia Veratti no "dica dalí , no "segunda atenção" estarei informando também sobre coisas que eu gosto, como esporte ou alguma atividade artística original.

E para completar convidei o Rafael Bernardino e o Erico Baldon para toda semana escrever uma pequena frase divertida para que todos “reflitam” sobre ela.

Beijo grande,
Candé

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Teatro Tablado

* Comecei a fazer teatro em 1982 no tradicionalíssimo Teatro Tablado no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, foi uma temporada muito importante na minha vida... Atuar por 3 anos naquele palco, palco esse que revelava quase todos os atores que na época admirava.

O Tablado tem uma áurea incrível, é uma casinha que ao entrar, passamos por um tipo de escritório e passando por uma portinha entramos num mini teatro simplesmente maravilhoso. É como se estivéssemos entrando em um daqueles filmes mágicos que falam de teatro... E para completar, na época em que o Tablado foi fundado, ainda era administrado por nada mais, nada menos, que Maria Clara Machado. Agora já imaginou a cena: entrar no Teatro para ensaiar e dar de cara com essa Lenda do Teatro, autora de maravilhosas peças infantis, como Pluft o Fantasminha, entre outras!!!

Minha primeira turma foi super marcante, era dirigida por Ricardo Berditchevsky, marido da Sura (de mesmo sobrenome), um cara super legal. A peça que ele escolheu foi super inusitada e uma escolha divertidíssima. O espetáculo se chama “Deus”, de Woody Allen e é uma peça muito doida que começa com 2 atores gregos tentando achar o fim da peça, e com a cara do Woody Allen confunde e diverte o espectador durante 1 hora e 15 minutos. Eu fazia um guarda do Rei e entrava para pedir um sanduíche, hahahahahahaha, muito legal! Legal também ter sido apresentado ao Woody Allen.

E no meu último ano lá, participei de uma turma com uma geração maravilhosa que incluía, Selton Mello, Danton Mello, Eduardo Moscowsky, Bel Kutner, Ana Kutner, entre outros. A direção era do divertidíssimo e severo Carlos Wilson, mais conhecido como Damião...outra lenda no Tablado. Nós montamos Romeu e Julieta, mas infelizmente, ou felizmente, não pude estreiar pois vim para SÃO PAULO, montar a OFICINA DOS MENESTRÉIS!!!

Quando for ao Rio, visitarei o Tablado e vou postar umas fotinhos no Blog.

VALEU!!!

3 comentários:

  1. Irado! Sempre ouvi falar muito bem do Tablado. Depois posta as fotos!

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  2. Fiquei curiosa em conhecer o tablado... adoro essas coisas que parecem tiradas de filmes antigos... quero ver as fotinhos.

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  3. Que demais saber disso cunha....
    quero muito ver as fotos de lá agora!!!!

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Whatever Works (Tudo Pode Dar Certo) - Woody Allen

(Por Ligia Veratti)



Woody Allen volta à NY para contar mais uma história sobre a trágedia humana e suas crises, inseguranças e estranhas relações amorosas. Seu protagonista é, mais uma vez, seu alterego: rabugento, hipocondríaco, frustrado e hilário.

Se a idéia parece repetitiva? Sim, pode ser…

Se o filme vale a pena? Muito!

Boris Yellnikoff, vivido brilhantemente pelo ator Larry David, é um velho pretensioso, cheio de certezas e manias. Boris conhece uma garota, Melodie, que representa o oposto do que ele considera admirável. Para ele, ela é apenas uma garota burra do interior a quem ele trata com grosseria e frieza, dígnas de um gênio. O fato é que sua compaixão e falta de paciência o levam a deixa-la morar em seu apartamento por um tempo. É aí que a história começa a se desenvolver numa brincadeira entre lógica e acaso, amor e ciência, certezas e inseguranças. Os diálogos são magníficos a medida que misturam o conhecimento profundo e intelectualizado de alguns personagens com a ingenuidade de outros, que ganham o mesmo valor dentro do universo do filme. O trabalho dos personagens é completo. Todos, sem excessão, são desenvolvidos de forma brilhante na trama. Vale destacar o papel de Melodie, interpretada por Evan Rachel Wood, que nunca esteve tão carismática. Méritos de Allen! É também uma das poucas vezes em que um ator interpreta um personagem que seria facilmente vivido por Woody Allen sem imitá-lo. Larry David se apropria de Boris completamente não deixando dúvidas de que o personagem é seu e de mais ninguém.

O que faz de Whatever Works um filme especial é o fato de conseguir transformar a visão mais pessimista da vida em algo leve. Ele abre mão das crenças, esperanças e ideais para nos dizer diretamente - e Boris realmente fala com o espectador durante o filme - que, no final, “qualquer coisa que funcione” é a melhor forma de viver isso que não sabemos se é mágico ou trágico mas chamamos de vida.

Imperdível!