Vamos lá rapaziada, esse blog será uma maneira mais oficial de comentar, explicar, tirar dúvidas... Ou simplesmente desabafar sobre a semana de um Menestrel.

A idéia é escrever um texto semanal contando um pouquinho do que aconteceu e do que vai acontecer em breve. Deixar os leitores a par de todas as estréias e aulas, contar algum fato inusitado, explicar como um determinado projeto está acontecendo ou em que fase ele está.

Além desse texto semanal, todo mês, o “ANDANDO PELO PALCO” mostrará um conto interessante ou engraçado que aconteceu com um Menestrel desde nossa chegada em SP em 1991.

A parte de dúvidas e comentários é de extrema importância, pois através dela poderei me comunicar diretamente com a galera. ESCREVAM COM CONVICÇÃO.

Terá uma coluna extra-menestrel... a parte de cinema será feita por Ligia Veratti no "dica dalí , no "segunda atenção" estarei informando também sobre coisas que eu gosto, como esporte ou alguma atividade artística original.

E para completar convidei o Rafael Bernardino e o Erico Baldon para toda semana escrever uma pequena frase divertida para que todos “reflitam” sobre ela.

Beijo grande,
Candé

quarta-feira, 12 de maio de 2010

HAIR!!!

Sempre acreditei que tudo que você passa, vê, ou simplesmente ouve falar, ajuda em suas influências pessoais ou profissionais.

Estava aqui, fazendo uma relação do elenco que vou convocar para uma mini-temporada do "Tempo da Flor" em julho (para quem não sabe, é um musical que escrevemos baseado no filme Hair, de Milos Forman), e tive a idéia de escrever sobre o filme.

Em primeiro lugar, quero destacar que esse filme teve uma baita influência na minha vida artística. Primeiro por ser um filme da minha década (70-80), segundo por ser um filme que fala de um tema que sempre me agradou (paz e amor, etc...), terceiro, é aí que a parte artística fala alto, a trilha é simplesmente maravilhosa, as coreografias são super menestréis (no sentido em que a dança é uma consequência do sentimento e da situação), e os personagens principais são uma galera................. Ou seja, um prato feito!!!

Não vou resumir o filme senão vai ficar muito grande a postagem. ASSISTAM!

* Algumas informaçòes interessantes:

- O filme é baseado no musical da Broadway de mesmo nome.
- O musical da Broadway estreiou em 1967, ou seja, 12 anos antes.
- Apesar do filme ser baseado no musical, o enredo tem partes MUITO diferentes e a principal delas é o final, que não vou contar para não perder a graça.

-A idéia do musical veio de um protesto em NY contra a guerra do vietnã, protesto esse em que as pessoas andavam nús pelas ruas (daí o nú em Hair).
-Quando a polícia interviu no protesto, as pessoas, revoltadas com a intervenção, começaram a queimar seus certificados de reservistas (por isso o filme começa com a galera lendo e queimando um certificado de reservista).
-Madonna e Bruce Springsteen fizeram teste para participar do filme.
-George Lucas
foi convidado para dirigir o filme no início dos anos 70, mas recusou por estar envolvido com outra filmagem.

Sempre quis montar um espetáculo baseado no FILME. E então em 2004/ 2005 no Clube Athlético Monte Líbano montamos.

Foi uma experiência maravilhosa, ver aquelas músicas e aquele enredo que sempre amei ganhando vida. Lembro de assistir o filme várias vezes e pensar: Caraca!!!!! Como adaptar isso?

Aí veio a sacada: pegar o filme e dividir em fatos importantes, transformá-los em esquetes e mandar ver...
Daí, sabendo as cenas que iríamos fazer, eu e a Paty Kfouri (principalmente ela), fomos mandando ver nas coreografias.
Faltava emendar, dar os toques originais e menestréis da peça. E foi aí que veio uma das partes mais legais!!! Toda semana, o Paulinho Dias, a Nini, o Rica e a Ligia se reuniam aqui em casa para termos idéias. Daí saíram textos maravilhosos do Paulinho e idéias geniais do trio. Vale destacar que as reuniões varavam a madrugada e que sempre por volta das 2 da manhã, todos cantavam "John Lennon de outras estradas, easy rider dúvida e eclipse... São Tomé das Letras apagadas e Arcanjo Gabriel sem apocalípse".

Curiosidade: Em um dia de espetáculo, cortamos literalmente o cabelo do Rica (que faz o Berger na montagem), assim como acontece no filme. Foi delírio geral.

Não percam em julho no Dias Gomes!!!

Valeu, Let the Sunshine in!!!

10 comentários:

  1. Ah...eu também fiz parte dessa geração paz e amor...que saudade dessa época em que eu era uma piveta cheia de sonhos e passava madrugadas cantando com a galera na frente de fogueiras com um violão ou uma simples roda no portão de casa. Obrigada Can por trazer de volta essas lembranças agradáveis que só me faz bem. Mas é claro que estarei no Dias para assistir "Tempo da flor"...valeu bjsss

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  2. Candé querido, adoro esse filme e todo reflexo da década que está escancacarado em cada cena!
    Paulinho já me contou alguns detalhes da montagem e fiquei apaixonada! Bom saber que está montando este musical de novo!

    Um beijo e saudades,

    Rê Lygia

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  3. Adoro o Tempo da Flor e o meu querido Paulinho Dias é a cara do espetáculo, quero muito assistir novamente... álias estava presente quando o Rica cortou o cabelo em cena... FOI EMOCIONANTE, uniu o útil ao agradável, mas mesmo assim foi uma doação ao personagem.
    bjs

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  4. Ahh quero muuuito assistir!!!
    Tudo a ver com o momento Hair que vivemos intensamente no Lendas.. haha
    Bjos

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  5. Energia Unicaaa!!!!
    Tempo da Flor é paz e amor!!!!!
    saudade!
    bjs Yarinha

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  6. Grande Candé! Pitaco futebolístico. Uma coisa que poucos sabem é que o Deco, que fala fala fala e nada assina, estava quase acertado com o Palmeiras semana passada. Até o Fluminense aparecer. Mais essa. Abraços notúrnicos!

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  7. Grande Candé...tb vivi e curti esse momento tão mágico que foi Hair...as músicas até hoje mexem muito comigo..a era de Aquário..quanta coisa boa junta. As vezes penso que isso é o que falta hoje em dia. Com certeza estarei lá para assisir "Tempo da Flor".
    Valeu
    Héctor Pandolfo

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  8. PERFEITO...
    não sabia que ia ter!!!!!!!!!!!! A que eu mais amo assistir....
    que julho chegue logo... hehe
    beijos naps

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  9. Sou fanático por hair, tempo da flor, menestréis e Dias Gomes...Então acho que já tenho programa pros fins de semana de julho!=]

    Saudades de andar pelo palco e ser dirigido por vc Candé!

    Abração!

    Sérginho

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  10. ah Candé, posta isso lá no TEMPO DA FLOR do FB ??

    KATITA

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Whatever Works (Tudo Pode Dar Certo) - Woody Allen

(Por Ligia Veratti)



Woody Allen volta à NY para contar mais uma história sobre a trágedia humana e suas crises, inseguranças e estranhas relações amorosas. Seu protagonista é, mais uma vez, seu alterego: rabugento, hipocondríaco, frustrado e hilário.

Se a idéia parece repetitiva? Sim, pode ser…

Se o filme vale a pena? Muito!

Boris Yellnikoff, vivido brilhantemente pelo ator Larry David, é um velho pretensioso, cheio de certezas e manias. Boris conhece uma garota, Melodie, que representa o oposto do que ele considera admirável. Para ele, ela é apenas uma garota burra do interior a quem ele trata com grosseria e frieza, dígnas de um gênio. O fato é que sua compaixão e falta de paciência o levam a deixa-la morar em seu apartamento por um tempo. É aí que a história começa a se desenvolver numa brincadeira entre lógica e acaso, amor e ciência, certezas e inseguranças. Os diálogos são magníficos a medida que misturam o conhecimento profundo e intelectualizado de alguns personagens com a ingenuidade de outros, que ganham o mesmo valor dentro do universo do filme. O trabalho dos personagens é completo. Todos, sem excessão, são desenvolvidos de forma brilhante na trama. Vale destacar o papel de Melodie, interpretada por Evan Rachel Wood, que nunca esteve tão carismática. Méritos de Allen! É também uma das poucas vezes em que um ator interpreta um personagem que seria facilmente vivido por Woody Allen sem imitá-lo. Larry David se apropria de Boris completamente não deixando dúvidas de que o personagem é seu e de mais ninguém.

O que faz de Whatever Works um filme especial é o fato de conseguir transformar a visão mais pessimista da vida em algo leve. Ele abre mão das crenças, esperanças e ideais para nos dizer diretamente - e Boris realmente fala com o espectador durante o filme - que, no final, “qualquer coisa que funcione” é a melhor forma de viver isso que não sabemos se é mágico ou trágico mas chamamos de vida.

Imperdível!